quinta-feira, 10 de março de 2011

imagin[ação]

Eu estava aqui imaginando, como seria se eu tivesse sotaque de algum outro lugar do mundo. Quem sabe da Alemanha. E fizesse malabarismo com fogo em algum circo. Como seria se eu tocasse djembe em alguma nação de maracatu. E se meu olho fosse verde? E meu pai fosse pintor de verdade. Como seria se eu tivesse uma tatuagem nas costas e soubesse tocar violão celo? Ou quem sabe tivesse dreads no cabelo e gostasse de sapatilhas.

Já se imaginou andando numa corda bamba de verdade? Ou pulando de bung jump em um penhasco? Já se imaginou sendo devoto de Shiva ou sendo judeu ortodoxo? Quem sabe uma daquelas garotas que vivem naquelas tribos onde as mulheres usam várias argolas no pescoço... Ou um bêbado em Montmartre.

Eu gosto de imaginar. Tudo. E a pluralidade. Um dia um monge no Tibet, outro um estudante em Paris. Um apaixonado em Veneza, uma devassa em Barcelona. Cada canto, um canto, uma dança, um sabor. E eu quero todos. Eu quero tudo. Eu quero o mundo.

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